POEMAS DE MAX MARTINS
O ESTRANHOAlheio – contudo tão próximo.Em ti busco a dor que me corrige na tardeem um a um dos teus perigosque reduzo em flor para meu usoparticular, estranho.O teu grotesco na impossibilidade de me...
View ArticleZUNÁI, REVISTA DE POESIA E DEBATES
Volume II, n. II, abril / 2015Topografias nômades em Herberto HelderA teoria estética de Hans Robert Jauss e a recepção das crônicas rosianas de guerra no século XXDo passado ao presente: a...
View ArticleLETRA NEGRA (fragmento)
XXIXesta é a maneira de sermos brutais,com a aspereza de quem caminha pelas ruas, mascando lascas.não preciso dar explicaçõescom palavras de madeira,porque sou impuro e espontâneo como a fera. esta é...
View ArticlePOEMA DE A SOMBRA DO LEOPARDO
POROSUm silêncio verde — Paul Celan O verde, sua peleácida. Tocar os poros do verde, florir metálico. Ouvir sua voz de asa e sombra. Olhos, faisões de cegueira. Jóias de irada divindade. Abelhas e...
View ArticlePOEMA DE FIGURAS METÁLICAS
PORQUE A HORA É VIOLENTAPorque a hora é violenta e tudo esmaga, abrir cabeças de serpente. Há o verde sonoro de metais; há o roxo da flor cujo nome ignoramos. Dedos rugem escura perplexidade; arcos...
View ArticlePOEMA DE CADERNOS BESTIAIS (volume I)
ANTIMÍDIA XQuelle est ma langue?IonescoGRUNHE repetindo-se repetindo-se rasura ou réplica de réptil fardos que são palavras farpas de um animal samsárico (repetindo-se repetindo-se) fanhos replicantes...
View ArticlePOEMA DE CADERNOS BESTIAIS (volume II, inédito)
HINO À POLÍCIAToca o terror —cabeças de arimãs reverberam féretros assanha-se histéricaturba de behemoths damballas beherits capacetes visoresescudos tonfas vidro moído ferroesturricado...
View ArticleBREVE REFLEXÃO SOBRE A SITUAÇÃO POLÍTICA
A situação política brasileira evolui de maneira rápida e imprevisível. Qualquer análise que se faça hoje é parcial e temporária, pela velocidade com que surgem novos fatos. Até há poucas semanas, o...
View ArticlePOEMAS DE AUGUST STRAMM
RECORDAÇÃOmundos emudecem para fora de mimmundos mundosnegror e palor e cor!luz na luz!arder flamejar chamejaragitar flutuar viveracercar-se caminharcaminhartodos os dorido-esvaídos desejostodas as...
View ArticleMAIO É O MÊS DE LEMBRARMOS A NAKBA
O judaísmo é uma religião e um conjunto de costumes e tradições, não define uma nacionalidade ou grupo étnico-linguístico específico -- há comunidades judaicas chinesas, indianas, persas, eslavas,...
View ArticlePOEMAS DE BERTOLT BRECHT
EPITÁFIOEscapei aos tigresNutri os percevejosFui devoradoPela mediocridadeREMAR, CONVERSANoite. Passam deslizando dois barcos. Dentrodois jovens. Torsosnus. Lado a lado remandoconversam....
View ArticleUM POEMA DE JONATAS ONOFRE
O vento só aparece no escuro, uma voz disse.Deves esconder teus dentesnaquilo que aindanão perdesteantes que o medoo façadeves morder sem pressa,sem presságios,e esquecer a língua noimprovável céu de...
View ArticleCONFISSÕES INCONFESSÁVEIS (V)
Um autor é sempre o pior crítico literário de sua obra. Sua opinião, contaminada pela subjetividade, pode conduzir a dois grandes equívocos: o da excessiva indulgência, motivada pelo narcisismo, ou o...
View ArticleUM POEMA DOS CADERNOS BESTIAIS (terceiro volume, inédito)
RETRATO DE MULHER(serpentinata)estranha mulher intercambiáveisfolhas de outonoou lâminas de açosem corrosãorelaminadas fina a frio,ou apenas murmúriosem jardins nem quintaissó alinhamento do corte:o...
View ArticlePOEMAS DO TAO TE KING, DE LAO ZI
IO Tao que pode ser pronunciado não é o Tao eterno.O nome que pode ser proferido não é o Nome eterno.Ao princípio do Céu e da Terra chamo “Não ser”.À mãe dos seres individuais chamo “Ser”.Dirigir-se...
View ArticleUM POEMA DO LIVRO A SOMBRA DO LEOPARDO (2001)
POROSUm silêncio verde — Paul CelanO verde,sua peleácida. Tocaros porosdo verde, florirmetálico. Ouvirsua voz de asae sombra.Olhos, faisõesde cegueira.Jóias de iradadivindade.Abelhas e...
View ArticleUM POEMA DO LIVRO FIGURAS METÁLICAS
PORQUE A HORA É VIOLENTAPorque a hora é violenta e tudo esmaga, abrir cabeças de serpente.Há o verde sonoro de metais;há o roxo da flor cujo nome ignoramos. Dedos rugem escura perplexidade; arcos...
View ArticleOS BUDAS DE BAMIYAN
Lua-cimitarra sobre os budas de pedra em Bamiyan (asa sanguínea de grou)(mandalacom olhosde tigre) demolidos(o deserto,espelho de fúrias)e agora núpcias ritmadas em rasantes de F-16(lágrimas veladassob...
View ArticleDIBUJO (Abu Ghraib)
Uma figurade enguia --palavrasde carbono,forma esquálida de garra,à maneira simplesde tubérculo.Dizer o diamante? Não, a demência papilar traçada em rocha:pintura de mortos,caligrafia de...
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